Seis grávidas transferidas para hospitais privados. "Temos que repensar a rede", diz diretor-executivo do SNS
04-08-2024 - 19:08
 • Cristina Nascimento , com redação

Só este domingo, há 11 urgências de obstetrícia fechadas, mais de metade na zona da grande Lisboa. "Não houve nenhuma grávida que não tivesse sido atendida em segurança e correu tudo bem”, sublinha António Gandra de Almeida.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) não conseguiu dar resposta a, pelo menos, seis grávidas, que foram transferidas para hospitais privados este fim de semana, avança à Renascença o diretor executivo do SNS. António Gandra de Almeida considera que é necessário repensar a rede de urgências.

“Ontem terão sido três e hoje também três. Eu tenho esta informação, mas poderão ser mais, porque a coordenação é feita ao nível das ULS também com o INEM”, afirma António Gandra de Almeida.

Só este domingo, há 11 urgências de obstetrícia fechadas, mais de metade na zona da grande Lisboa.

Ainda assim, o diretor executivo do SNS garante que nenhuma mulher ficou por atender.

“Houve alturas de maior pico, mas o sistema conseguiu responder em rede. Recorremos aos nossos parceiros do sistema privado quando foi necessário para dar a melhor resposta possível. Não houve nenhuma grávida que não tivesse sido atendida em segurança e correu tudo bem”, sublinha António Gandra de Almeida.

Nestas declarações à Renascença, o diretor nacional do SNS defende que é preciso repensar a rede de urgências de obstetrícia.

“Temos que repensar a rede. Também vamos ter o reforço do Hospital de Santa Maria, onde a urgência de obstetrícia vai abrir muito em breve, mas nós temos que repensar a rede e repensar o que queremos fazer no futuro em relação à resposta às maternidades no nosso país”, afirma António Gandra de Almeida.

Consulte as urgências que estão abertas e encerradas no Portal SNS.