Caso das Gémeas. Chega prolonga prazo da comissão de inquérito
04-12-2024 - 16:40
 • Filipa Ribeiro

Partido quer alargar, pelo menos até março, o tempo da CPI. André Ventura diz que comissão "não tem condições para finalizar o seu trabalho".

O Chega vai pedir de forma potestiva a prorrogação da Comissão Parlamentar de Inquérito ao Caso das Gémeas. O partido quer alongar, pelo menos até março, o prazo por entender que a CPI "não tem ainda as condições para finalizar o seu trabalho e para responsabilizar com fundamento e com solidez quem tiver que ser responsabilizado".

No Parlamento, aos jornalistas, o presidente do partido defendeu que já se percebeu "que houve interferência" e que é necessário mais tempo. André Ventura espera "chegar à conclusão durante o primeiro semestre do próximo ano".

Os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito tinham o fim previsto para final de janeiro e, de acordo com André Ventura, a prorrogação "deverá ser de três meses, até março".

O Chega diz que é necessário ouvir novamente "uma série de entidades". André Ventura recorda que já foi pedida uma nova audição ao ex-secretário de Estado da Saúde - António Lacerda Sale e realça que é "fundamental" que o Presidente da República responda "se vai ou não falar".

Recorde-se que Marcelo Rebelo de Sousa indicou que aguardaria pelo final das audições para comunicar se pretende ou não ser questionado pelos deputados. O presidente do Chega considera ainda ser importante ouvir o Hospital de Santa Maria. O Diretor Clínico, Luís Pinheiro, que é também arguido no processo que está em investigação, chegou a ter audição pré- anunciada que acabou cancelada por ser arguido.

André Ventura considera que e necessário "limar" mais as acusações que têm sido feitas sobre uma influência do secretário de Estado da Saúde e da Casa Civil.

Ainda em declarações aos jornalistas, André Ventura anunciou que o Chega vai entregar na Assembleia da República a 19 de Dezembro a apresentação de vários projetos de lei para colocar "fim ao turismo de saúde". O Chega quer que as pessoas que obtenham "tratamentos em Portugal sem serem residentes os tenha que pagar".