O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, disse hoje, na Assembleia da República, que as propostas dos sindicatos que representam os trabalhadores da TAP foram consideradas na elaboração do plano de reestruturação e que continuam a ser.
“As propostas dos trabalhadores foram consideradas e continuam a ser consideradas”, assegurou o ministro das Infraestruturas e da Habitação, que está a ser ouvido no parlamento, na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, a pedido do Bloco de Esquerda (BE).
O governante sublinhou, porém, que as propostas dos trabalhadores vão ser consideradas “no quadro de um contexto muito complicado”.
“Não é com gosto que fazemos o que temos de fazer, mas é com sentido de missão, com a certeza de que a TAP ou é reestruturada ou não vai sobreviver, nem hoje, nem daqui a 25 anos”, acrescentou o ministro.
O Governo entregou na quinta-feira o plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia, que, segundo detalhou o ministro na sexta-feira, prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas.
O plano prevê, ainda, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões.
Como a Lusa noticiou em novembro, a TAP vai propor aos trabalhadores um pacote de medidas voluntárias, que incluirá rescisões por mútuo acordo, licenças não remuneradas de longo prazo e trabalho a tempo parcial.
Numa comunicação enviada então aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, a administração referia já que "quanto maior for a adesão, menor será a necessidade de outras medidas a decidir futuramente".