O primeiro voo que ia repatriar migrantes do Reino Unido para o Ruanda foi travado, perto da sua realização, devido a uma decisão do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
Sete pessoas iam ser repatriadas esta terça-feira para o Ruanda, mas o voo acabou por ser impedido depois da decisão judicial.
A secretária de Estado britânica Priti Patel disse estar "desapontada", contudo deixou a indicação que vai começar a preparar "o próximo voo".
Originalmente, os tribunais britânicos tinham autorizado o voo, considerando que não havia risco eminente para nenhum dos passageiros que seria repatriado.
No entanto, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos acabou por tomar uma decisão à última hora, devido a um pedido de um cidadão iraquiano anónimo.
O orgão esclareceu ainda que este tipo de pedidos só são concedidos "numa base excecional, em que há um risco real de dano irreversível".
As autoridades judiciais do Reino Unido autorizaram a deportação de refugiados para o Ruanda, abrindo caminho à implementação do controverso plano de recolocação das pessoas que passaram o Canal da Mancha.
Em abril, o Governo de Boris Johnson anunciou o envio de alguns requerentes de asilo para o Ruanda por um pagamento inicial de 120 milhões de libras (cerca de 140 milhões de euros).