O Banco de Portugal entregou este ano 645 milhões de euros em dividendos, um valor recorde, acima do orçamentado pelo Governo, ao qual se somam mais 358 milhões em impostos sobre o rendimento corrente. O valor bruto dá um total de 1.003 milhões de euros.
As contas foram apresentadas esta sexta-feira, no relatório anual do Banco de Portugal. Os dividendos de 2018 ultrapassam os de 2017, que já tinham atingido um máximo histórico, ao rondar os 800 milhões, com impostos.
Além do Banco de Portugal, o Estado vai receber também dinheiro da Caixa Geral de Depósitos, pela primeira vez desde 2010: um encaixe de 200 milhões de euros em dividendos, graças aos lucros de 2018.
No Orçamento do Estado de 2019 estavam inscritos um total de 628 milhões, em dividendos, um valor que aumenta agora para 845 milhões.
O executivo já contava com 200 milhões de dividendos da CGD, nas contas deste ano, um valor confirmado no início deste mês. Mas com o valor recorde apresentado pelo Banco de Portugal, o Orçamento fica agora com uma folga de mais de 200 milhões de euros, do lado da receita.