A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social disse esta sexta-feira aos deputados que há menos trabalhadores a receberem o salário mínimo nacional, apesar de nos últimos anos o valor ter aumentado.

“Há uma diminuição do peso do número de trabalhadores com o salário mínimo no global dos trabalhadores em Portugal, atingindo este ano, os últimos dados que temos um menor peso desde 2015”, disse Ana Mendes Godinho.

A ministra está numa audição nas comissões de Orçamento e Finanças e de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, no âmbito da apreciação, na generalidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2024 e referiu ainda na intervenção inicial que há atualmente mais de cinco milhões de trabalhadores ativos a descontarem para a Segurança Social.

O número de trabalhadores estrangeiros que descontam para a Segurança Social também aumentou. Ana Mendes Godinho fala de “um novo recorde de 720 mil” até agosto deste ano.

Na intervenção inicial, a ministra disse ainda aos deputados que o dinamismo do mercado de trabalho tem uma influência na receita das contribuições para a Segurança Social que no final deste ano deve atingir uma receita de 24 mil milhões de euros de contribuições.

“A previsão que temos é chegar ao final deste ano, ultrapassando pela primeira vez 24 mil milhões de euros de receita das contribuições, o que significa que, neste momento as contribuições estão com um aumento de 13% face ao ano passado” disse a ministra Ana Mendes Godinho.

Para a governante este aumento deve-se a dois fatores. “Por um lado, o aumento do número de pessoas efetivamente a participarem no sistema temos mais cerca de 190 mil pessoas do que tínhamos em 2022 por outro fruto do aumento dos salários médios declarados” concluiu Ana Mendes Godinho.

A previsão para 2024 aponta para que a receita global do orçamento da segurança social passe os 40 mil milhões de euros.