O Governo vai abrir um concurso para que 65 “startups” portuguesas possam participar na Web Summit, um dos maiores eventos de todo o mundo na área das tecnologias e da inovação, que vai decorrer em Novembro, em Lisboa. O anúncio foi feito esta terça-feira pelo primeiro-ministro, que quer fazer de Portugal "o país da Europa mais acolhedor e amigo do empreendedorismo".
O concurso é lançado no próximo mês. Os resultados serão conhecidos em Setembro.
As declarações de António Costa foram feitas durante o Lisbon Investment Summit, que decorre esta terça-feira e na quarta-feira, e visa posicionar Lisboa como destino de investimento. O evento é promovido pela aceleradora portuguesa de negócios Beta-i a.
Reconhecendo que "ao Estado não compete substituir-se aos empreendedores", o primeiro-ministro disse que há da parte do Governo a vontade de proporcionar melhores condições para os empreendedores e lembrou a sua experiência como autarca da capital para admitir que há problemas que "existem" e "são bloqueios ao desenvolvimento das 'startup'".
"Quanto ao resto é simples: é vocês fazerem aquilo que têm feito até agora, espero eu com melhores condições, e que possamos por isso ampliar ainda o peso cada vez maior das empresas inovadoras como condição para termos um tecido empresarial mais diversificado", vincou, dirigindo-se a vários empreendedores que escutavam o governante na sua intervenção na Lisbon Investment Summit.
O objectivo, prosseguiu António Costa, é tornar Portugal "o país da Europa mais acolhedor e amigo do empreendedorismo".
O chefe do Governo lembrou também a capacidade desta área económica em gerar "emprego de melhor qualidade e mais qualificado". E prosseguiu, ainda no capítulo do emprego: "É isso que é a maior ambição desta nova geração que o país hoje dispõe e não se pode dar ao luxo de desperdiçar".
Rede de incubadoras e um Simplex "mais Simplex"
Responder à dinamização do ecossistema, melhorar questões de financiamento destas empresas e trabalhar mais afincadamente na internacionalização das mesmas foram áreas exploradas por Costa na sua intervenção.
"Fazer uma grande rede de incubadoras" em Portugal é um desígnio do executivo, que procurará assim "sinergias" e "dar escala" a este sector, havendo também a vontade do primeiro-ministro de que, no caso de empreendedores, haja um programa Simplex "ainda mais Simplex" que o vocacionado para as demais empresas.
A "facilitação de vistos para investidores", um relacionamento mais simples com a Autoridade Tributária e melhores condições para a criação de empresas foram matérias elencadas por Costa nesta matéria.