A companhia aérea EasyJet anunciou, esta segunda-feira, novos cancelamentos em consequência das restrições impostas pelos governos devido à pandemia de Covid-19 e por causa da redução na procura de viagens, mas sem especificar quais os voos afetados.
Em comunicado, a empresa explica que "esta tomada de posição reflete a estratégia da companhia que poderá implicar, no limite, a não utilização da maioria da frota EasyJet".
No entanto, a empresa garante que continuará a fazer os voos de repatriamento para que os cidadãos possam regressar aos seus países.
"Para ajudar a mitigar o impacto da Covid-19, estão a ser tomadas todas as medidas para diminuir custos e despesas não vitais para o negócio. A não utilização dos aviões fará baixar significativamente os custos variáveis", é referido na nota.
Contudo, a EasyJet adianta que, do ponto de vista financeiro, tem um saldo positivo de mais de 1,7 mil milhões de euros.
"A EasyJet não tem refinanciamentos de dívida com vencimentos até 2022 e os financiadores reconhecem a robustez do seu modelo de negócio", segundo a empresa de aviação.
Na nota, o CEO da empresa, Johan Lundgren, sublinha que a companhia "está a fazer tudo o que está ao alcance para enfrentar os desafios do COVID-19".
"Continuamos a operar voos de resgate e repatriamento, onde pudermos, para levar todos para casa, para que possam estar com a família e os amigos nestes tempos difíceis", salienta.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ronda as 164 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 146 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.
O epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) deslocou-se da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou no domingo 368 novas mortes e que regista 1.809 vítimas fatais.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.