A Agência de Segurança da Aviação da União Europeia suspendeu esta terça-feira à tarde a circulação dos aviões Boeing 737 MAX em todo o seu espaço aéreo.
A decisão surge depois de pelo menos vinte países terem tomado a mesma decisão, incluindo alguns da União Europeia, no seguimento do desastre aéreo na Etiópia, envolvendo um destes aparelhos, que matou 157 pessoas. Tratou-se do segundo acidente no espaço de cinco meses com um Boeing 737 MAX. A suspensão passa assim a abranger toda a União Europeia.
Para além dos Estados, também várias companhias aéreas anunciaram que vão suspender todos os voos destes aparelhos que fazem parte das suas frotas.
Continua a investigação para tentar perceber porque é que se despenhou o avião da Ethiopian Airlines, no passado domingo, mas o facto de um aparelho idêntico se ter despenhado na Indonésia, há cinco meses, por causa de um problema técnico, está a levar um crescente número de países a proibirem que estes aviões sejam operados nos seus espaços aéreos, bem como companhias aéreas a estacionarem as suas frotas deste modelo até novas indicações.
Até à tarde desta terça, pelo menos 20 países já estavam a seguir o exemplo: a par do Reino Unido e de França, também a Austrália, Áustria, Brasil, Ilhas Caimão, China, Etiópia, Alemanha, Índia, Indonésia, Islândia, Irlanda, Malásia, México, Noruega, Omã, Singapura, Coreia do Sul e Turquia impuseram limites ou total proibição à circulação destes Boeing.
Perante a vaga de suspensões, a Boeing continua a insistir que os seus aviões são seguros. A Boeing garante manter "total confiança na segurança do MAX". A posição é assumida em comunicado, disponível no site da empresa.
"A segurança é a prioridade número um da Boeing e temos total confiança na segurança do MAX", lê-se no comunicado. A empresa destaca ainda que a Autoridade de Aviação Federal (EUA) "neste momento não requer nenhuma ação adicional" e, por isso, "com base nas informações atualmente disponíveis, não temos nenhuma base para emitir novas orientações aos operadores".