A noite foi das mulheres, com Taylor Swift à "cabeça". A artista venceu na categoria de Álbum do Ano com "Midnights", na mais recente cerimónia dos Grammys, que decorreu esta madrugada.
Com a vitória, Taylor Swift bateu um novo recorde histórico, tornando-se na primeira artista a vencer quatro vezes a categoria de Álbum do Ano - a artista conquistou o galardão pela primeira vez em 2010 com "Fearless", seguindo-se "1989", em 2016, e "Folklore", em 2021.
O mais importante prémio da noite foi entregue por Céline Dion, que surpreendeu tudo e todos ao subir ao palco no final da cerimónia. "Obrigada a todos (...) Quando digo que estou feliz por estar aqui digo-o do fundo do meu coração", confessou a artista depois de ser ovacionada pelos colegas.
Na gala, Taylor Swift conquistou ainda o galardão de Melhor Álbum Pop Vocal. Ao receber o prémio, a cantora anunciou o lançamento de um novo disco a 19 de abril. "The Tortured Poets Department" sucede a "Midnight" e às regravações "Speak Now (Taylor's Version)" e "1989 (Taylor's Version)".
"A minha cabeça está a explodir", disse Taylor Swift no discurso de aceitação do maior prémio da noite em Los Angeles. "O meu prémio é o trabalho. Adoro tanto isto", continuou. "Tudo o que eu quero é continuar a fazer isto".
Até agora, apenas três artistas, todos masculinos, tinham vencido o Grammy de Álbum do Ano três vezes: Frank Sinatra, Paul Simon e Stevie Wonder. O apresentador dos Grammy, o comediante Trevor Noah, notou o caráter histórico da vitória de Taylor Swift mais que uma vez.
A cantora levou Lana Del Rey, que também estava nomeada, para o palco na hora de receber a estatueta, tecendo-lhe enormes elogios.
"Muitos artistas não estariam aqui a fazer o que fazem se não fosse por ela", afirmou, dizendo que Del Rey "está no seu auge" e que tem sorte de ser sua amiga.
Numa noite dominada por vencedoras no feminino, Taylor Swift venceu não só Álbum do Ano como Melhor Álbum Pop Vocal.
A cantora, que estava nomeada para seis Grammy, também considerou que o prémio é "um reflexo da paixão dos fãs".
A cerimónia decorreu na Crypto.com , baixa de Los Angeles, e foi palco de outros momentos históricos. O cantor Billy Joel, de 74 anos, apresentou o seu primeiro single em três décadas, "Turn the Lights Back On".
A cantora Annie Lennox interpretou uma versão da canção "Nothing Compares 2 U", em homenagem a Sinéad O'Connor, e deixou uma mensagem no final. "Artistas pelo cessar-fogo", disse a cantora. "Paz no mundo".
As palavras de Lennox foram a exceção numa cerimónia que se cingiu à música e à arte e não enveredou por mensagens políticas, ao contrário do que aconteceu em edições anteriores.
A portuguesa Maria Mendes, que estava nomeada na categoria "Melhores Arranjos, Instrumentais e Vocais" com a canção "Com que Voz", não venceu o Grammy. A estatueta foi entregue a "In the Wee Small Hours of the Morning".