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A variante Ómicron já representa mais de 60% dos novos casos de Covid-19 em Portugal, de acordo com o relatório de monitorização das linhas vermelhas divulgado esta sexta-feira.
A nova variante do coronavírus é já dominante em Portugal, tendo sucedido à Delta. O aumento "muito acentuado" da circulação da variante Ómicron a partir do dia 6 de dezembro de 2021, tendo sido atingida a proporção de 61,5% de casos no dia 22 de dezembro.
O relatório refere que, "a manter esta taxa de crescimento, a nível nacional, estima-se que o limiar de 960 casos em 14 dias por 100.000 habitantes possa ser ultrapassado entre 15 e 30 dias".
Número mais alto ainda do que o previsto pela ministra da Saúde, Marta Temido, que no dia 17 (exatamente há uma semana) revelou que se previa que a prevalência da variante Ómicron da Covid-19 em Portugal chegasse aos 50% na semana do Natal e de 80% no Ano Novo.
"Com base no método de estimativa da presença da variante, sabemos que a prevalência desta variante ronda já os 20% sabendo-se que poderá ter uma prevalência de 50% na semana do Natal e prevalência de 80% na semana do final do ano", disse a governante na altura.
Rt de 1,22 em LVT. Internamentos estáveis
Para se perceber melhor o crescimento exponencial da prevalência desta nova variante, no dia 12 de dezembro só 2,5% dos casos eram Ómicron. A variante predominante era a Delta, com 97,5%. Duas semanas depois, a balança inverteu-se.
É também mencionado que o período de dominância da variante Ómicron "condicionará
provavelmente um aumento do número de contactos devido às festividades e resultará num
rápido aumento da incidência".
"O impacto nos serviços de saúde e a mortalidade de magnitude [são] ainda incertos, pelo que o reforço das medidas de distanciamento social, da testagem, vacinação de reforço de grupos elegíveis e capacitação dos serviços de saúde para um aumento rápido de procura é fortemente recomendado", pode ler-se.
Quanto ao índice de transmissibilidade (Rt), que esta sexta-feira subiu para 1,11 em todo o território, foi na região de Lisboa e Vale do Tejo que se registou um valor mais elevado: 1,22.
Com menos 29 internamentos, nas últimas 24 horas, estão ocupados 61% do valor crítico definido de 255 camas. Uma descida de um ponto percentual face à semana passada, em que a taxa de ocupação era de 62%.