O tempo está a esgotar-se e a próxima semana é a data limite. Os diretores das escolas dizem que não podem esperar muito mais tempo para começar a preparar o próximo ano letivo.
“Teremos tempo se esse documento chegar a tempo e horas. Eu espero, portanto, que nos próximos dias esse documento chegue às escolas públicas portuguesas para os diretores o estudarem e programarem e o ano letivo decorra o melhor possível”, diz à Renascença o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas.
Filinto Lima defende que, no próximo ano, o ensino deve ser “o mais possível presencial”, com prioridade para os alunos do primeiro ciclo.
“São alunos com pouca autonomia, dos 6 aos 9/10 anos; são crianças ainda e precisam de uma figura, de uma referência”, sustenta, concretizando: “quem é essa figura? É o mestre, o professor”.
O ministro da Educação já disse que as primeiras cinco semanas de aulas devem ser de recuperação da matéria que foi dada à distância. Filinto Lima pede, em troca, mais professores.
“Pedimos ao Ministério da Educação que reforce o crédito horário que concede anualmente às suas escolas, para nós, diretores, termos a hipótese de contratar mais professores; para que nos ajudem nessa recuperação”, sugere.
Nestas declarações à Renascença, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas aproveita para fazer mais uma exigência: que o ano letivo comece até 21 de setembro, pelo menos nas secundárias que vão ter exames nesse mesmo mês.