O aeroporto Humberto Delgado “está esgotado” e já ninguém duvida da necessidade de “aumentar a capacidade aeronáutica da região de Lisboa”, afirmou esta terça-feira o primeiro-ministro, que deixa a decisão final sobre a localização do novo aeroporto para o próximo Governo.
António Costa falava na apresentação do relatório da Comissão Técnica Independente (CTI) que apontou as melhores localizações para o novo aeroporto.
“Hoje já ninguém discute em Portugal que temos a necessidade de aumentar a capacidade aeronáutica da região de Lisboa e o atual aeroporto está esgotado”, declarou o primeiro-ministro demissionário.
O segundo consenso, de acordo com António Costa, é a forma como o país vai decidir a localização do novo aeroporto.
“Nunca haverá uma solução que gere unanimidade. Dificilmente qualquer das soluções terá mais de 20% de apoiantes, o que significa que terá 80% de opositores”, referiu o chefe do Governo.
“O que tínhamos de acordar era uma metodologia que desse confiança e segurança ao decisor político para tomar uma decisão que todos temos a consciência de que não é uma decisão para a nossa geração, e que se projetar duradouramente. Não sei se para 80 anos, mas para mais de 50 anos”, sublinhou António Costa.
O primeiro-ministro demissionário vai deixar a decisão para o próximo Governo. "Quem esperou 50 anos pode esperar mais uns meses."
"O relatório não será um presente de Natal, mas um bom ovo da Páscoa para o próximo governo" na sequência das eleições de 10 de março de 2024, declarou.
Alcochete e Vendas Novas são as duas localizações viáveis para o novo aeroporto e Alcochete é a "solução com mais vantagem", revelou esta terça-feira a Comissão Técnica Independente (CTI), na apresentação das conclusões de um estudo pedido pelo Governo.
A Comissão Técnica Independente defende que, numa primeira fase, o atual Aeroporto Humberto Delgado, na Portela, deve coexistir com o novo aeroporto.