A Polícia de Segurança Pública (PSP) tem registado falta de viaturas em serviço, sobretudo devido ao escasso investimento na sua manutenção. A situação tem afetado, particularmente, a divisão da polícia de Loures, que serve quase 300 mil pessoas.
Segundo o líder da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), há cerca de um mês, as esquadras de Caneças, Pontinha e Sacavém não têm um único carro-patrulha ao serviço.
Em declarações à Renascença, Paulo Santos diz haver falta de dinheiro para a manutenção, uma situação recorrente e transversal a todo o país. "As viaturas existem, só que têm avarias, vão para a manutenção nas oficinas. Aquilo que nos chega é falta de verbas para poder dar resposta àquelas anomalias."
"O senhor ministro [da Administração Interna] diz que está tudo bem, que as coisas estão a andar, [que] está a ser feito investimento. Mas a realidade, um pouco transversal por todo o país e, concretamente, nesta questão de Loures, é que no mês de março já não há capacidade para as viaturas circularem."
O presidente da Câmara de Loures também revela preocupação com o problema, o qual já reportou ao ministro da Administração Interna. Ricardo Leão salienta que tem tentado colmatar a ausência de meios da PSP através do reforço da Polícia Municipal.
"Vão entrar agora, em junho, cerca de 19 novos agentes. Ficaremos com um corpo de 50 agentes da polícia municipal. Estamos a reforçar também ao nível de viaturas, motos inclusive, para, de alguma forma, compensar essa falta de meios que a PSP tem."
No entanto, o autarca admite que a solução encontrada não resolve o que considera ser um "problema de fundo" da polícia nacional, "porque a PSP tem, obviamente, poderes que a Polícia Municipal não tem"l. "Por isso, preocupa-me, de facto, essa ausência de meios em termos de viaturas."