No ano passado, o PIB português registou um crescimento de 6,7%. É o valor mais elevado desde 1987, após o aumento de 5,5% em 2021 que se seguiu à diminuição histórica de 8,3% em 2020 "na sequência dos efeitos adversos da pandemia na atividade económica".
O INE escreve que "a procura interna apresentou um contributo positivo expressivo para a variação anual do PIB, mas inferior ao observado no ano anterior, verificando-se uma aceleração do consumo privado e um abrandamento do investimento".
Para este crescimento contribuiu a procura externa líquida positiva em 2022, após ter sido negativa em 2021, "tendo-se registado uma aceleração em volume das exportações de bens e serviços e uma desaceleração das importações".
Se olharmos para a variação homóloga no último trimestre de 2022 verificamos que foi de 3,1% e de 4,9% em relação ao trimestre anterior.
O crescimento global é histórico, no entanto, o INE alerta "para que a variação homóloga do PIB diminuiu no 4º trimestre, verificando-se uma desaceleração do consumo privado e uma redução do investimento".
"O contributo positivo da procura externa líquida também diminuiu, tendo as exportações de bens e serviços em volume desacelerado mais intensamente que as importações. No 4º trimestre de 2022, observou-se uma perda dos termos de troca em termos homólogos, mas menos intensa que as perdas observadas desde o 2º trimestre de 2021, em resultado da desaceleração mais pronunciada do deflator das importações que o das exportações", escreve o ONE.