O Reino Unido anunciou, esta sexta-feira, a mobilização de sete milhões de libras (oito milhões de euros) para proteger e "restaurar a saúde e resiliência" dos oceanos durante a 26.ª conferência do clima das Nações Unidas (COP26), em Glasgow.
A presidência britânica da Conferência marcou o “Dia da Ação dos Oceanos” com um apelo aos líderes mundiais a tomarem medidas de proteção dos oceanos que permitam alcançar a neutralidade carbónica e manter ao alcance o aquecimento global a não mais de 1,5 graus Celsius.
"O oceano desempenha um papel único na regulação do nosso clima. Não há caminho para a neutralidade carbónica - ou qualquer um dos nossos objetivos mundiais compartilhados - que não envolva a proteção e restauração da natureza, incluindo o oceano, a uma escala sem precedentes”, defendeu o secretário de Estado para o Ambiente Internacional Zac Goldsmith.
Seis milhões de libras (sete milhões de euros) do financiamento britânico vai para o fundo do Banco Mundial Problue e um milhão de libras (1,2 milhões de euros) para o Fundo Global para Recifes de Coral, para o qual já tinha doado este ano cinco milhões de libras este ano.
O Ministro do Mar português, Ricardo Serrão Santos, deslocou-se à Conferência em Glasgow para participar neste dia, onde também passou a mesma mensagem.
"Os oceanos são um elemento de esperança para a saúde e para a produtividade do planeta”, vincou.
Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e decisores públicos reúnem-se até 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, na 26.ª Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre alterações climáticas (COP26) para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.
A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.
Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19, segundo a ONU, que estima que ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.