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O líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, chega de autocarro, daqueles grandes de 50 lugares. Desta vez parou na Faculdade de Ciência e Tecnologia, da Universidade Nova de Lisboa. Fica no Monte da Caparica, na margem sul do Tejo.
“É a primeira vez que cá vem”, pergunta o diretor Virgílio Machado. Cotrim de Figueiredo diz que não, que tem lá amigos, mas reconhece que há muito que não passa por aquela faculdade, enquanto sobe as escadas para uma reunião de cerca de 40 minutos.
No fim do encontro explica porque está ali. “Esta visita é para dar visibilidade a um projeto que tem imensas características e qualidades que Portugal devia levar em atenção e multiplicar, se fosse possível”, afirma.
Trata-se de um projeto de desenvolvimento da região, à sombra da universidade.
“É o aparecimento do que é designado como ‘innovation district’, uma zona que inclui o Campus da Nova, mas não só e que representa o concretizar de uma visão que começou aqui na faculdade e que acabou por congregar os interesses da autarquia, de investidores privados nacionais e internacionais para construir uma autêntica cidade nova”, descreve.
Cotrim de Figueiredo aplaude o modelo e diz estar certo de que o pais tem capacidade de replicar a ideia em várias zonas do país, à boleia de universidades e politécnicos, no litoral e interior. Reconhece, no entanto, que é preciso o apoio e mobilização de várias partes.
“Este projeto parte da visão e do sonho de uma pessoa ou de um conjunto de pessoas aqui da faculdade, tiveram de ultrapassar inúmeros obstáculos e ainda há muitos obstáculos para ultrapassar e isto não devia ser tão difícil fazer”, defende.
Não há falta de professores
Ainda sobre o Ensino Superior, Cotrim de Figueiredo defendeu uma reestruturação das regras de acesso a universidades e politécnicos de forma a que cada instituição possa ter os alunos que considera melhores para o seu projeto educativo.
Já sobre a falta de professores no ensino básico e secundário, Cotrim de Figueiredo considera que o problema não está relacionado com escassez de recursos humanos, mas sim com o sistema de colocação e incentivos que lhe são dados que, diria, são arcaicos e centralizados".
Cotrim de Figueiredo defendeu uma otimização dessas colocações e maior autonomia das escolas para poderem decidir que tipo de professores querem.