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O primeiro-ministro, António Costa, não considera possível fazer um Governo de coligação com os partidos que o apoiam.
Na conferência de imprensa em que assinalou três anos de Governo, o primeiro-ministro disse mesmo que esse eventual Governo seria menos eficaz se fosse uma coligação a três e assumiu que não há convergência suficiente para uma coligação, nem pré, nem pós-eleitoral.
“Não creio que a evolução permita esse avanço, não creio que isso seja mau para cada um dos partidos”, disse o primeiro-ministro na Casa de Allen, no Porto, onde fez a conferência de imprensa.
António Costa disse mesmo que acha que o actual Governo “seria menos eficaz se fosse uma coligação a três” e defendeu que cada partido tem de manter a sua identidade.
Como já tem acontecido outras vezes, o primeiro-ministro citou o líder comunista, Jerónimo de Sousa, para dizer que “o grau de compromisso depende do grau de convergência” e essa convergência não é suficiente para uma coligação.
Mas António Costa também aproveitou para criticar o Bloco de Esquerda. Primeiro, disse que lhe parece que “não é muito inteligente” que os partidos que apoiam atualmente o Governo vão para campanha eleitoral a lutarem uns contra os outros.
E, de seguida, a estocada ao Bloco: “lamento que, pelo menos, o Bloco de Esquerda tenha definido como objetivo eleitoral o combate ao PS”, disse Costa.
Em resposta a outra pergunta, recusou pedir uma maioria absoluta. “As maiorias absolutas não se pedem, merecem-se”, afirmou o primeiro-ministro praticamente no fim das quase duas horas de conferência de imprensa.