A guerra na Ucrânia provocou a morte de pelo menos 516 civis até terça-feira, incluindo 41 crianças, mas "os números reais são consideravelmente mais elevados", anunciou a ONU esta quarta-feira.
Além dos mortos, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) registou 908 feridos, dos quais 76 são crianças.
Os dados referem-se ao período entre 24 de fevereiro, quando a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia, e as 24h00 de terça-feira, correspondendo a 13 dias de combates.
A agência da ONU para os direitos humanos acredita que os números reais de baixas civis "são consideravelmente mais elevados, especialmente em território controlado pelo Governo" ucraniano, mais sujeito à ofensiva russa.
"A receção de informações de alguns locais onde têm ocorrido hostilidades intensas tem sido adiada e muitos relatórios ainda estão pendentes de corroboração", justificou a agência liderada por Michelle Bachelet, antiga Presidente do Chile.
O ACNUDH referiu, em particular, as cidades de Volnovakha, Mariupol, Izium, "onde há alegações de centenas de baixas civis" que não estão incluídas nos números divulgados hoje.
Na sequência da invasão, mais de 2,1 milhões de pessoas fugiram para países vizinhos, na crise de refugiados com crescimento mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão da Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.