Cerca de 4.330 pessoas chegaram sábado à Hungria. Um número que coloca o dia como sendo o que registou o maior número de entradas até agora, segundo a polícia húngara.
Os refugiados, na sua maioria oriundos da Síria, Iraque e Afeganistão, entraram através da fronteira de Röszke, junto à Sérvia, onde o Governo húngaro tinha uma barreira de arame farpado e que agora está a reforçar com um muro de quatro metros de altura que deverá estar concluído muito brevemente.
Entretanto, na estação ferroviária de Keleti, na capital húngara, milhares de pessoas continuam à espera para embarcar e seguir até perto da fronteira com a Áustria, país onde acabam por entrar a pé para depois seguir viagem até à Alemanha, o destino preferido da maioria.
Para travar esta vaga, o governo aprovou novas medidas de controlo e acelerou a construção do muro na fronteira com a Sérvia. O primeiro-ministro Viktor Orban, já anunciou que a partir de terça-feira, 15 de Setembro, a polícia vai começar a prender todas as pessoas que entrem de forma ilegal no país.
Nesse dia entram em vigor as novas leis que estabelecem penas até cinco anos de prisão pela entrada ilegal em território.
Em Nickelsdorf, do lado austríaco da fronteira, chegaram no sábado 6.600 pessoas, mas durante a madrugada de hoje a situação foi mais tranquila: Esta manhã havia apenas 40 pessoas à espera para seguir para Viena ou outras cidades austríacas.
As autoridades húngaras já interceptaram este ano mais de 150 mil refugiados provenientes de países com conflito. A grande maioria quer seguir para os países mais ricos da Europa. Na "rota dos Balcãs", os migrantes passam pela Grécia, Macedónia e Sérvia, antes de entrarem na Hungria, o primeiro país da União Europeia onde chegam e a partir do qual desejam prosseguir viagem para países como a Alemanha ou Suécia.