O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu esta sexta-feira, em Leiria, que o país está preparado para os incêndios, considerando que as pessoas têm tido "bom senso e juízo".
"Felizmente para esta situação anormal [calor] não temos tido muitas outras ocorrências como a de Monchique. [O país] tem mostrado que está todo preparado, as pessoas têm tido um bom senso e um juízo que é tomar precaução e prevenir" durante estes dias e até segunda-feira, adiantou o Presidente da República, durante a visita ao XXV Acampamento Nacional da Associação dos Escoteiros de Portugal, na freguesia da Barosa, em Leiria.
Sobre o incêndio de Monchique, em Faro, Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que já tinha falado durante a tarde com o presidente da Câmara, que lhe transmitiu que a situação estava "sob controlo".
De acordo com a página de Internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), pelas 18:20 estavam no terreno 378 operacionais, apoiados por 117 meios terrestres e 11 meios aéreos.
Os bombeiros lutam contra duas frentes ativas, uma delas mais intensa e com o combate mais dificultado, disse à Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro.
Segundo a mesma fonte, a principal dificuldade dos bombeiros é o vento que se faz sentir na zona, uma área de "mato e eucaliptal, com uma orografia bastante difícil".
O incêndio deflagrou às 13:32 na zona de Perna da Negra, no concelho de Monchique, distrito de Faro, segundo os dados avançados peça Proteção Civil.
Uma outra zona rural do concelho de Monchique já tinha sido atingida por um incêndio, na quinta-feira à tarde, dominado cerca de duas horas depois após um combate travado por 113 homens e seis meios aéreos.
Face à onda de calor que afeta o país pelo menos até domingo, com temperaturas máximas acima dos 40º e que, na quinta-feira, na bateram recordes históricos, a Proteção Civil estendeu o estado de alerta especial relativo aos meios de combate a incêndio aos distritos do Porto, Leiria, Aveiro, Braga, Viana do Castelo e Coimbra.
Este ano, o dispositivo de combate a fogos florestais engloba 56 meios aéreos (incluindo um na Madeira), cerca de 11 mil operacionais e mais de três mil meios terrestres (nomeadamente viaturas).