Sorrisos, cochichos e recados. A tomada de posse em imagens
30-10-2015 - 16:38
 • Fotos: Tiago Petinga/Lusa

É oficial: Portugal já tem governo. O primeiro-ministro, 16 ministros e 36 secretários de Estado tomaram posse esta tarde, no Palácio da Ajuda, num clima de boa disposição. Mas por quanto tempo?

O novo governo PSD/CDS iniciou esta tarde o seu mandato, sob a ameaça de ser o mais curto da história política portuguesa.

Apesar do chumbo anunciado por toda a oposição para dia 10 de Novembro, no Parlamento, a boa disposição não abandonou os novos ministros, que se juntaram esta tarde no Palácio da Ajuda, em Lisboa, para assinar o auto de posse do XX Governo Constitucional.

Cavaco Silva deu posse a Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro e ao seu executivo de 16 ministros e 36 secretários de Estado.

"Eu, abaixo assinado, afirmo solenemente pela minha honra que cumprirei com lealdade as funções que me são confiadas", afirmou Pedro Passos Coelho, iniciando assim o segundo mandato à frente do governo.

O Presidente da República afirmou que o novo Executivo tem "plena legitimidade constitucional", "legitimidade que conquistou nas urnas".

Na cerimónia desta sexta-feira, Cavaco afirmou ainda que "até ao momento da indigitação" de Pedro Passos Coelho não lhe tinha sido "apresentada por parte das outras políticas uma solução alternativa estável e credível".

No discurso da tomada de posse, Passos Coelho deixou um recado a António Costa. "Ninguém deve arriscar o bem-estar dos portugueses em nome de uma agenda ideológica ou de ambições políticas pessoais ou partidárias”, afirmou.

Durante a tomada de posse dos secretários de Estado, Passos, Portas e Albuquerque conversaram animados, não contendo o riso.

Um total de 120 pessoas, entre governo cessante e novos membros do governo, além de altas figuras do Estado, estiveram presentes na cerimónia.

Paulo Macedo e Pires de Lima, que deixaram as pastas da Saúde e da Economia, respectivamente, marcaram presença na cerimónia.

À saída, o porta-voz do PSD, Marco António Costa, não fechou a porta a entendimentos com o Partido Socialista, frisando que "há sempre espaço para o diálogo".