Portugal e Espanha registaram os maiores aumentos no custo dos produtos agrícolas, ambos a rondar os 33% no primeiro trimestre de 2023. O destaque do Eurostat publicado esta segunda-feira dá conta de que os dois países registaram os incrementos mais acentuados da União Europeia.
Contudo, esta tendência está a inverter-se no segundo semestre do ano. Em abril e maio a o aumento dos preços dos alimentos desacelarou acentuadamente. Em maio de 2023, Portugal registou uma taxa de variação homóloga do preço dos alimentos de 9.2%, quando a da União Europeia é de 15,1%.
No preço dos produtos no produtor, Portugal registou taxas de variação homólogas superiores a 30% entre junho de 2022 e janeiro de 2023. Mas em maio, a taxa foi de 10.4%. A última vez que se registou uma taxa semelhante foi em dezembro de 2021. Ainda assim, os preços dos alimentos estão longe dos valores pré-pandemia.
A seca na Península Ibérica, durante 2022, estará na causa da redução a produção agrícola que agravou a subida dos preços dos produtos agrícolas.
O preço médio de um conjunto de produtos agrícolas aumentou 17% entre o primeiro trimestre de 2023 e o mesmo período do ano passado. Mas esta diferença é menor do que a registada no período homólogo anterior, que tinha sido de 26%.
O produto agrícola que mais aumentou na zona euro foram os ovos, com subidas de cerca de 60%, o arroz, cujo aumento rondou os 51%, e as azeitonas e os porcos que subiram na mesma proporção, a rondar os 49%.
Segundo o mesmo destaque do Eurostat, o primeiro trimestre de 2023 foi o período em que o preço dos produtos agrícolas mais abrandaram desde o início da guerra na Ucrânia.