O Papa Francisco reúne-se, esta quarta-feira, no Vaticano, em momentos separados, com familiares dos israelitas que permanecem reféns do movimento islamita Hamas e com um grupo de famílias de palestinianos afetados pelo conflito em curso na Faixa de Gaza.
De acordo com a Santa Sé, estes encontros têm um "caráter exclusivamente humanitário".
"O Papa Francisco quer demonstrar a sua proximidade espiritual com o sofrimento de cada um", assinalou na semana passada o Vaticano.
Após o encontro está prevista uma conferência de imprensa das famílias dos palestinianos residentes em Gaza, segundo as agências internacionais.
A 07 de outubro, combatentes do grupo Hamas -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo mais de mil mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza. Desde então, foram registados mais de 14.000 mortos e 33.000 feridos na Faixa de Gaza, segundo o Governo do Hamas, e 1,7 milhões de civis deslocados, segundo a ONU.