O cardeal-patriarca de Lisboa deu esta quinta-feira as boas-vindas ao Papa Francisco, na cerimónia de acolhimento da Jornada Mundial da Juventude de 2023. No discurso de início, disse que os jovens mostram "disposição" para remover os obstáculos ao desenvolvimento "integral e pacífico dos povos e entre os povos".
Para D. Manuel Clemente, os jovens reunidos na JMJ são "rosto e expressão, eloquente e promissora" dos povos do mundo, incluindo "os que chegaram de países onde as dificuldades não faltam".
Na Colina do Encontro - o nome dado pela JMJ ao Parque Eduardo VII -, o responsável do Patriarcado de Lisboa referiu que "não faltam obstáculos, mas também não falta a disposição de os remover e ultrapassar com o entusiasmo e o compromisso de quem quer construir um futuro à altura das aspirações humanas e dos desejos de Deus".
D. Manuel Clemente considera que os jovens sentem Francisco "como seu aliado natural", rodeando-o com "muita estima e afeto", e está "certo" que a JMJ vai corresponder ao apelo do Papa "para um mundo mais solidário e fraterno, como a verdade evangélica reclama e a humanidade mais anseia".
Perante centenas de milhares de jovens, o cardeal-patriarca dirigiu-se ao Papa Francisco para dizer que "muito precisamos de rejuvenescer com a Vossa presença e a Vossa palavra nestes dias, para que a beleza do Evangelho resplandeça ainda mais, aqui e pelo mundo além".
O responsável religioso declarou que Francisco tem estado "sempre presente onde há mais vida a garantir e mais futuro a construir", e agradeceu o acolhimento do Santo Padre, "com a melhor boa vontade e incentivo", ao convite de realizar a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa.
O acolhimento é a primeira cerimónia do Papa Francisco com os jovens. O Papa viajou da Nunciatura Apostólica para o Parque Eduardo VII em veículo aberto.