As forças Huthis do Iémen reivindicaram esta terça-feira um ataque a dois navios mercantes norte-americanos, o 'Sea Champion' e o 'Navis Fortuna', e o afundamento de uma embarcação britânica, numa nova ação de apoio aos palestinianos da Faixa de Gaza.
"As forças navais das Forças Armadas iemenitas efetuaram, com a ajuda de Alá o Todo-poderoso, duas operações militares concretas contra dois barcos norte-americanos no golfo de Aden", indicou o porta-voz Yahya Sari, em comunicado publicado na sua conta no Telegram.
"A operação de ataque realizou-se com vários mísseis navais apropriados e as baixas foram precisas e diretas, graças a Alá", acrescentou Sari, num momento em que decorre a ofensiva militar terrestre de Israel no enclave palestiniano, desencadeada no final de outubro.
O porta-voz Huthi assinalou que nas últimas 24 horas, os rebeldes iemenitas apoiados pelo Irão efetuaram quatro ataques: o primeiro contra o navio britânico 'Rubymar', que terminou com o seu "completo afundamento", o segundo contra um 'drone' norte-americano MQ9 que sobrevoava a região de Hodeida, enquanto os restantes terão atingido os dois navios norte-americanos.
A agência de operações de comércio marítimo do Reino Unido (UKMTO, na sigla em inglês) informou que o ataque contra o navio britânico ocorreu às 20h00 locais a cerca de 35 milhas náuticas (65 quilómetros) a sul da cidade de Moca, quando "uma explosão muito próxima do navio provocou danos".
No sábado, Yahya Sari tinha reivindicado a autoria de um ataque contra o petroleiro britânico 'Pollux' (de bandeira panamiana e propriedade dinamarquesa) no mar Vermelho, que terá sido atingido por vários mísseis dirigidos de forma "certeira e direta".
Na ocasião, garantiu que a embarcação foi atingida com êxito e assegurou que as operações militares vão prosseguir na zona até que termine "o assédio à Faixa de Gaza".
Os Huthis, apoiados pelo Irão e que controlam a capital iemenita, Saná, e várias zonas do norte e oeste do país desde 2015, desencadearam vários ataques contra território de Israel e contra navios que consideram possuir conexões com Israel, na sequência da ofensiva militar israelita contra a Faixa de Gaza, lançada após os ataques de 7 de outubro efetuados em território israelita pelo movimento islamita palestiniano Hamas.
Em retaliação, as forças dos EUA, em colaboração com o Reino Unido, iniciaram ataques contra os Huthis, em diferentes regiões do Iémen controlado por este movimento, algo que levou este movimento a estender as suas ações a navios destes dois países.