Mais de 11,6 milhões de consultas foram realizadas nos cuidados de saúde primários nos primeiros quatro meses do ano, enquanto as consultas nos hospitais subiram 3,8%, ultrapassando 4,5 milhões, anunciou esta quarta-feira o ministro da Saúde.
Manuel Pizarro, que está a ser ouvido esta quarta-feira na Comissão Parlamentar de Saúde, destacou o "impressionante aumento" da atividade assistencial nos primeiros quatro meses do ano, sublinhando que, nos cuidados de saúde primários, as consultas presenciais estão a aproximar-se dos valores de 2019.
Na intervenção inicial na audição parlamentar, o titular da pasta da Saúde destacou ainda o aumento de 10,4% nas cirurgias face ao período homólogo, com 279.905 nos primeiros quatro meses do ano, e de 14,6% nos domicílios médicos, num total de 62.179.
Sobre as consultas de outros técnicos de saúde, apontou um aumento de 16%, num total de 331.195 acumuladas a abril de 2023, face ao período homólogo.
“O SNS [Serviço Nacional de Saúde] atingiu um nível de atividade nunca antes conseguido”, afirmou Manuel Pizarro, que aproveitou igualmente para destacar o aumento do consumo de medicamentos, sublinhando que o aumento de preços introduzido não teve consequências a este nível.
Questionado sobre como pretende atrair e fixar médicos no SNS, Manuel Pizarro disse que a generalização a todas unidades de saúde familiar do modelo de remuneração dos profissionais associada ao desempenho ajudará a aumentar a atratividade serviço público de saúde, sublinhando que se trata, não só de médicos, mas de enfermeiros, assistentes técnicos, assistentes operacionais e todas as "novas profissões de saúde", como, por exemplo, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e médicos dentistas.
Segundo o ministro, esta generalização do modelo de remuneração nas USF permitirá dar médico de família a mais 200 mil a 250 mil utentes.
Disse igualmente que o primeiro concurso, com 314 médicos recrutados, permitirá dar médico de família a meio milhão de portugueses.