O homem suspeito de estar ligado ao tiroteio na quinta-feira à noite, em Paris, entregou-se à polícia em Antuérpia (Bélgica). As autoridades francesas e belga tinham em curso uma caça ao homem alegadamente envolvido no ataque dos Campos Elísios.
O governo francês decidiu reforçar a segurança com mais 50 mil agentes nas ruas. A medida foi anunciada pelo primeiro-ministro à saída da reunião do Conselho de Defesa Nacional, realizada na manhã desta sexta-feira.
Bernard Cazeneuve disse que tudo será feito para garantir a serenidade no país, a dois dias das eleições presidenciais francesas.
“À luz de um compromisso maior, apelo ao
espírito de responsabilidade e à dignidade de cada um. Não podemos ceder ao
medo, à intimidação e à manipulação, que são o jogo dos inimigos da República. Também
não podemos ceder à intolerância e ao obscurantismo. A unidade que mais do que
nunca deve prevalecer”, apelou ainda.
A França voltou a ficar em sobressalto após o tiroteio numa das zonas mais emblemáticas de Paris, a três dias das eleições presidenciais. Um polícia morreu e outros dois agentes ficaram feridos com gravidade.
Um atacante saiu de uma viatura, dirigiu-se a uma carrinha da polícia e abriu fogo com com uma metralhadora kalashnikov. O homem foi abatido.
Com a identificação de um segundo suspeito, volta a ser discutida a tese sobre a presença de dois atacantes nos Campos Elísios, visto que algumas testemunhas relataram a existência de dois homens no local e que um deles teria fugido para um parque de estacionamento.
Três familiares do atacante detidos
O atirador abatido no local do ataque já estava referenciado pelas autoridades francesas e tinha sido detido duas vezes. O registo criminal do homem alude ainda a uma tentativa de homícidio de um polícia.
No rescaldo do ataque, a polícia francesa fez uma investigação em casa do atacante. Fonte oficial revelou à agência Reuters que três familiares foram detidos.
Os terroristas do autoproclamado Estado Islâmico reivindicaram o ataque numa mensagem publicada no site de propaganda jihadista Amaq.
[notícia actualizada às 8h54]