A sustentabilidade da ADSE não está, para já, em risco, conclui um estudo apresentado esta quarta-feira ao conselho geral e de supervisão do subsistema de saúde da Função Pública. A almofada financeira acumulada dos últimos anos está em cerca de 1.100 milhões de euros.
Só a partir de 2030, o subsistema de saúde da Função Pública registará o primeiro saldo negativo, na ordem dos 18,3 milhões de euros, sendo esta a perspetiva mais pessimista, baseada nos cálculos do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Já o cenário baseado nas projeções da OCDE, é mais otimista. Só em 2054 é que a ADSE entra no “vermelho”, ou seja, com um saldo negativo de 4,4 milhões de euros.
O estudo, apresentado esta quarta-feira ao conselho geral e de supervisão da ADSE, fez as projecções de sustentabilidade já a contar com os trabalhadores da administração local
Em 2022, o subsistema de saúde da função pública contava com mais de 1,3 milhões de beneficiários.
Para já, está afastado um cenário de aumento das contribuições que nesta altura estão nos 3,5%.
Apesar das projeções serem díspares, o Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospectivas da Administração Pública - PlanAPP, que elaborou esta primeira fase do estudo, reconhece as limitações desta primeira fase do estudo.
Acredita que a segunda fase do relatório seja mais concreto. Falta a autorização da Comissão Nacional para a Proteção de Dados para que seja feita a análise dos dados individuais dos dos beneficiários da ADSE.
Os números apresentados tranquilizam a direção do conselho executivo da ADSE, que no entanto continua a manter a prudência, uma vez que nas questões de saúde, qualquer mexida tem um impacto de milhões.