Os três militares punidos com pena de suspensão, na sequência da morte de dois instruendos dos Comandos, apresentaram recurso.
Tal como a Renascença já tinha avançado os militares foram suspensos de funções entre 10 e 30 dias, com respectiva redução de ordenado.
O Exército confirmou agora que os dois oficiais e um sargento reclamaram, como era o seu direito, para o Chefe de Estado-Maior do Exército (CEME).
A lei confere aos três militares suspensos a hipótese de reclamação ou de recurso a hierarquia superior, que neste caso é o Chefe de Estado-Maior do Exército, e foi isso que fizeram.
Nesta altura, o departamento jurídico daquele ramo está a analisar os recursos. O general Rovisco Duarte não tem um prazo para responder mas, segundo a Renascença apurou, quer decidir dentro de uma ou duas semanas.
A pena de suspensão foi aplicada a dois oficiais e um sargento por violação do Regulamento de Disciplina Militar durante a recruta do 127º curso de Comandos, em que um dos instruendos morreu logo no primeiro dia e o segundo, internado na mesma altura, faleceu uma semana depois.
A par dos processos disciplinares, o Exército suspendeu temporariamente o 127º curso e anulou as edições seguintes até à implementação das medidas correctivas decorrentes da avaliação extraordinária ordenada pelo chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte.
As mortes levaram também o Ministério Público a abrir processos criminais, o que levou à detenção temporária de vários instrutores para serem presentes a tribunal.