As prestações da casa associadas à taxa Euribor a três e seis meses vão diminuir em Fevereiro.
A diminuição é “muito residual”, com os valores a ficarem “abaixo dos cinco euros na mensalidade”, explica à Renascença Nuno Rico, especialista em assuntos financeiros da DECO.
“Pela primeira vez nos últimos dois anos, vamos ter, no caso da Euribor a 3 meses e 6 meses, os contratos revistos durante o próximo mês, e vão ter uma redução do valor da prestação, algo que já não acontecia desde Fevereiro de 2022.”, explica o economista.
Depois de dois anos a registar aumentos, os valores vão agora descer, o que para Nuno Rico é “uma boa notícia para as famílias.”
A DECO alerta, no entanto, para o facto da redução das prestações da casa poderem não ser uma tendência estável. “Ainda não é claro que esta tendência da Euribor que começou no mês de Novembro de 2023, se vá ou que seja consolidada, isto é, que vá ser uma tendência ao longo de todo o ano.”
O economista da DECO relembra ainda que “há muitos aspetos que podem influenciar a evolução das taxas nos próximos meses.”, é o caso dos dois conflitos militares, no Médio Oriente e no Leste Europeu que podem “consoante a sua evolução também precipitar aqui um pouco a questão dos preços.”
Ao contrário da taxa Euribor a 3 e 6 meses, a taxa associada aos créditos a 12 meses, a rever também no próximo mês, Nuno Rico afirma que “ainda vai haver más notícias”, uma vez que esta taxa vai “apresentar um aumento, apesar de também ele um pouco residual”, cerca de 25 euros.
“Mas mantendo-se a tendência da evolução da Euribor, que ocorreu desde o final de 2023, muito provavelmente poderá ser o último mês em que venham a ocorrer aumentos e já depois, em Março, poderá também começar a haver uma descida nos contratos que são revistos nesse mês.”, alerta o especialista em finanças da DECO.