​Catarina Martins e o caso das falsas licenciaturas: “Uma estupidez brutal”
02-11-2016 - 12:08

Em entrevista à Renascença, a coordenadora do Bloco de Esquerda comenta a polémica dos assessores governamentais com falsas licenciaturas.

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A coordenadora do Bloco de Esquerda não percebe “porque é que alguém declara uma falsa licenciatura”, algo que só serve para ser apanhado. "É uma estupidez brutal", diz Catarina Martins em entrevista à Renascença.

Comentando a polémica das falsas licenciaturas que tem abalado o Governo, a bloquista afirma: "Para um trabalho que exija uma licenciatura é preciso um certificado; quando não é preciso uma licenciatura dizer que se a tem é só para ser apanhado".

O chefe de gabinete do secretário de Estado da Juventude e Desporto, Nuno Félix, demitiu-se no passado dia 28, depois de ter sido tornado público que não concluiu as duas licenciaturas que declarou ter, segundo o jornal Observador.

De acordo com o Observador, Nuno Félix declarou, “para efeitos de despacho de nomeação”, que tinha uma licenciatura em Ciências da Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa, e outra em Direito, pela Universidade Autónoma, tendo ambas as instituições desmentido que o chefe de gabinete do secretário de Estado da Juventude e Desporto as tenha concluído.

Três dias antes da saída de Nuno Félix, o Governo registou outra baixa devido a problemas na situação académica de um assessor.

Rui Roque, adjunto do gabinete do primeiro-ministro para os Assuntos Regionais, demitiu-se depois de o Observador noticiar que o assessor nunca fez a licenciatura que consta no seu despacho de nomeação, completando apenas quatro cadeiras do curso de Engenharia Electrotécnica na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra.