Operação Pretoriano. Greve de funcionários judiciais impede início da fase de instrução
18-10-2024 - 09:31
 • André Rodrigues , João Malheiro

Fernando Madureira, o principal arguido do caso, já abandonou o Tribunal de Instrução Criminal do Porto.

A greve dos funcionários judiciais impediu que a fase de instrução da Operação Pretoriano pudesse arrancar.

O anúncio surgiu pouco antes das 09h30, precisamente a hora em que iria arrancar a primeira sessão desta fase do processo.

Fernando Madureira, o principal arguido do caso e ex-líder dos Super Dragões, já abandonou o Tribunal de Instrução Criminal do Porto.

Sandra Madureira também esteve presente no local, saindo passado cinco minutos depois de ter chegado, com o advogado.

Neste processo está em causa uma eventual tentativa de a claque Super Dragões "criar um clima de intimidação e medo" na AG do FC Porto, realizada a 13 de novembro de 2023, na qual houve vários incidentes e agressões, para que fosse aprovada a revisão estatutária, "do interesse da direção" azul e branca, então liderada pelo ex-presidente do clube Pinto da Costa, sustenta a acusação do Ministério Público (MP).

Madureira, que permanece em prisão preventiva, Sandra Madureira e Vítor Catão, mas também os outros arguidos, entre os quais Hugo "Polaco" e Fernando Saúl, estão acusados de sete crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, 19 de coação e ameaça agravada, um de instigação pública a um crime, um de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação. O arguido Hugo Loureiro está também acusado de detenção de arma proibida.

Na acusação, o MP requer penas acessórias de interdição de entrar em recintos desportivos entre um e cinco anos. O FC Porto, clube, e a sua SAD constituíram-se assistentes do processo.

[Atualizado às 10h00]