No Porto, em conferência de imprensa para reagir à decisão do Conselho Nacional de adiar o congresso eletivo para a presidência do CDS-PP para depois das eleições legislativas, o eurodeputado explicou ainda que já pediu uma audiência ao Presidente da República e acusou o líder do CDS de estar a "fugir à democracia".
"Se [Francisco Rodrigues do Santos] fosse um ser que tivesse um resquício de espírito democrático aceitava ir a votos", disse.
Na sexta-feira, o Conselho Nacional de Jurisdição deu razão ao candidato à liderança do CDS, considerando "nula e sem qualquer efeito a convocatória do Conselho Nacional", segundo um documento a que a Lusa teve acesso, uma vez que a convocatória para a reunião não teria sido feita segundo as normas do partido.
Ainda assim o Conselho Nacional reuniu e o seu presidente, Filipe Anacoreta Correia, admitiu a realização de uma nova reunião do órgão máximo do partido entre congressos para ratificar as decisões tomadas nesta reunião e afastar dúvidas quanto à legalidade.
Hoje, o ex-secretário de Estado Adolfo Mesquita Nunes anunciou a sua desfiliação do partido, considerando que "o CDS das liberdades deixou de existir", tendo sido seguido por alguns outros militantes.
Nuno Melo garantiu que se for eleito, "no dia a seguir" irá "pedir pessoalmente a esses militantes para voltarem para o partido".