João Gonçalves Pereira não quer acreditar que sejam verdade as notícias que dizem que a direcção do CDS não o quer na coligação com o PSD para a Câmara de Lisboa.
O deputado centrista anunciou há dois dias que deixa o seu lugar de deputado no final do mês, para se dedicar “de corpo e alma ao combate local”, mantendo-se como presidente da distrital de Lisboa e vereador na autarquia da capital.
Autarca há mais de 20 anos, Gonçalves Pereira esperava integrar a coligação liderada por Carlos Moedas à Câmara Municipal de Lisboa. Mas foi confrontado com as notícias que têm circulado nos últimos dias e que o afastam no próximo combate autárquico. Em declarações à RR, João Gonçalves Pereira diz esperar que “essas notícias sejam desmentidas ainda hoje, durante o Conselho Nacional do partido porque o CDS não é um partido onde haja censura”.
João Gonçalves Pereira tem sido um crítico da estratégia seguida pela liderança de Francisco Rodrigues dos Santos. Mas lembra que a aceitação da crítica interna sempre fez parte do ADN dos centristas. Lembra que quando era líder do CDS, Paulo Portas convidou Anacoreta Correia, que era um crítico, para as listas e, recuando ainda mais no tempo, José Ribeiro e Castro convidou Telmo Correia para ser cabeça de lista, com Maria José Nogueira Pinto, à autarquia da capital.”
O dirigente do CDS diz que “o saneamento é algo contraia toda a história do partido. O CDS não é nem o PCP nem o Chega. E portanto há espaço no partido para a divergência de opinião”.