A congregação das Irmãs do Rosário está a pedir ajuda para a reconstrução do seu hospital, danificado pela explosão no porto de Beirute. A recuperação do edifício é uma prioridade, mas representa um esforço que ultrapassa a capacidade das próprias irmãs. Por isso, estão a pedir ajuda através da Fundação AIS.
“O hospital não é um fim em si mesmo”, explica a irmã Nicolas Akiki à fundação pontifícia, especificando que é “um meio para ajudar, com esforço e dedicação, os doentes a superar as etapas mais difíceis da sua vida, onde prevalecem a dor, a incerteza e a angústia”.
Segundo a religiosa, o hospital, um edifício com 18 andares, ficou danificado pelos rebentamentos e precisa de obras urgentes. Apenas dois desses andares ficaram operacionais logo após a explosão de 4 de agosto.
O hospital das religiosas tem sido, ao longo dos anos, um local de amparo, de acolhimento, de refúgio de todos os que têm precisado de ajuda, independentemente das suas origens, condição económica e religião.
“Sempre foi assim, até nos dias mais negros da história do Líbano”, afirma a irmã Nicolas, acrescentando que “as irmãs deram todo o seu tempo e carinho pela cura de todos os pacientes, mesmo nos momentos mais difíceis, quando não houve pão ou comida por alguns meses.”
Muitas vezes, recorda a diretora, “apareciam doentes que não podiam pagar. Eram tratados na mesma. Dizia-lhes para pagarem apenas o que pudessem…”.
Talvez por isso, por causa do carinho que as irmãs colocaram sempre ao serviço da comunidade, o hospital era considerado, de acordo com a religiosa, “a pérola de Beirute” e a “capela a pérola do hospital”.
A crise económica que está a fustigar o Líbano, agravada com a gigantesca explosão no porto de Beirute, em 4 de agosto, está a conduzir muitas famílias para a pobreza. A situação é dramática.
E também as irmãs precisam de ajuda para que o seu hospital volte a funcionar em pleno, para “servir a população de Beirute, que tanto precisa, nestes dias de crise que se vivem no Líbano”.