Pinto da Costa, presidente do FC Porto, garante que vai "provar no sítio certo a orquestração de calúnias e mentiras", referindo-se às buscas realizadas na SAD azul e branca e na sua residência.
A SAD do FC Porto, entre outros clubes, assim como a residência do presidente Pinto da Costa, foram alvo de buscas na semana passada. Em causa está suspeitas de crimes de "abuso de confiança, fraude fiscal e branqueamento de capitais".
Na noite de segunda-feira, na gala Dragões de Ouro, o presidente comentou o caso de forma indireta e garante que vai provar a sua inocência.
"Continuo a sonhar e tenho a certeza que Deus me permitirá isso: ter tempo de provar, no sítio certo, a orquestração de certa comunicação social, de calúnia e mentira, para me afrontar a mim, ao FC Porto e aos meus amigos. Estou certo de que ainda vou ter tempo de demonstrar aquilo que sempre fui e que os meus pais me ensinaram a ser: uma pessoa séria e honrada, sem ter nada que se lhe diga. E a obra continuará a crescer sempre, comigo e com quem vier, porque o FC Porto é eterno", disse.
Os factos a que a investigação se reporta ocorreram, pelo menos, desde 2017 até ao presente, com forte dimensão internacional e que envolvem operações de pagamento de comissões de mais de 20 milhões de euros.
Segundo a SIC, a operação está relacionada, em concreto, com suspeitas envolvendo os contratos de transmissão dos jogos do FC Porto, com a antiga Portugal Telecom. O negócio foi, na altura, intermediado pela empresa de Bruno Macedo, um dos principais arguidos na operação Cartão Vermelho.
A revista "Sábado" avança que também estão em causa negócios de transferências de jogadores e as buscas em curso incluem as casas de vários empresários ligados ao futebol, como Pedro Pinho e Alexandre Pinto da Costa, filho do presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa.