Borja Iglesias, avançado do Betis, anunciou retirada da seleção espanhola "até que algo mude", na sequência da decisão de Luis Rubiales não se demitir da presidência da Federação Espanhola.
O ponta de lança de 30 anos, duas vezes internacional, assume que "não sabe se algum dia voltará a ser opção", mas retira-se até que "este tipo de atos não saiam impunes".
"Vestir a camisola da seleção espanhola é do melhor que me aconteceu na carreira. Não sei se alguma vez voltarei a ser uma opção, mas tomei a decisão de não voltar à seleção até que algo mude e este tipo de atos não saiam impunes", pode ler-se, na rede social "X".
O avançado, que somou a sua última internacionalização em março deste ano, assume-se "triste e dececionado".
"Como futebolista e pessoa não me sinto representado no que se passou hoje na Cidade do Futebol. É lamentável que continuem a pressionar e colocar o foco na jogadora", conclui.
Rubiales beijou a futebolista Jenni Hermoso, pouco depois de a seleção feminina espanhola ter conquistado o Mundial que decorreu na Austrália e na Nova Zelândia. Rubiales garante que o beijo foi consensual.
Desde o incidente, Rubiales foi alvo de inúmeras críticas dos mais diversos quadrantes, desde o chefe do governo de Espanha, Pedro Sánchez, até várias figuras públicas e políticas, passando pela própria Jenni Hermoso, que, numa primeira fase, desvalorizou a situação, mas na quarta-feira recorreu ao sindicato das futebolistas espanholas (FUTPRO) para pedir sanções para Rubiales.