O Conselho de Estado apela a todos os intervenientes para que se empenhem na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), reconhecendo a importância dos fundos europeus para o desenvolvimento da economia do país.
Num comunicado da Presidência da República emitido depois da reunião do Conselho de Estado, que decorreu nesta quarta-feira, é considerado ser “imprescindível que todos os intervenientes - Estado, setor social, empresas, sociedade civil, cidadãos - se empenhem para que a mais completa execução dos montantes atribuídos se concretize, a pensar em todos os portugueses", já que estes fundos acontecem “num contexto único e irrepetível”.
A reunião, que durou três horas e meia, serviu para analisar os fundos europeus em Portugal, e contou com a participação da comissária europeia Elisa Ferreira, que tem a pasta da Coesão e Reformas, e a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, responsável pela coordenação do PRR.
Aos jornalistas, depois da reunião no Palácio da Cidadela de Cascais, Marcelo Rebelo de Sousa não quis comentar o conteúdo da reunião, dizendo apenas que “correu muito bem” e lembrou que, nesta sexta-feira vai, com o Primeiro-Ministro, António Costa, conhecer, no terreno, algumas das obras em curso no âmbito do PRR para verificar a sua execução.
"Em boa hora convidámos a senhora comissária, que nos falou da Europa e dos fundos a nível europeu”, acrescentou o chefe de Estado.
Refira-se que o Presidente da República tem lançado repetidos alertas e avisos sobre a execução do Plano de Recuperação e Resiliência.
Em novembro, Marcelo Rebelo de Sousa denunciava as dificuldades em fazer chegar ao terreno a “bazuca” e deixava a mensagem de que o Governo não pode desaproveitar os fundos europeus, nomeadamente os do PRR.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, 2023 será o "ano decisivo", tendo em conta o ciclo de eleições nos anos seguintes até 2026: europeias, autárquicas, presidenciais e legislativas.