As autoridades de Israel e do grupo islamita Hamas estarão a negociar um cessar-fogo, num processo mediado pelo Qatar que estará já "muito avançado".
A notícia foi avançada esta sexta-feira pela Al-Jazeera, que cita fontes próximas do processo a dizer que as negociações de um cessar-fogo e troca de prisioneiros "estão a progredir rapidamente".
A embaixadora do Qatar nas Nações Unidas, Alya Ahmed Saif Al Thani, pediu "um cessar-fogo completo", com a libertação de todos os prisioneiros, "particularmente os civis".
"Os ataques israelitas contra civis inocentes têm-se tornado catastróficos e podem entrar numa espiral de maneira que ameaça a região e o mundo. Lamentamos profundamente a falha do Conselho de Segurança da ONU em assumir as responsabilidades", declarou a diplomata à Al-Jazeera.
O Hamas rejeitou, ainda esta sexta-feira, libertar reféns até haver um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Esse cessar-fogo tem sido pedido repetidamente pela ONU - no discurso que depois se tornou polémico, António Guterres voltou a apelar a um "cessar-fogo humanitário imediato".
Os países da União Europeia, por sua vez, pediram esta quinta-feira “a abertura de corredores e pausas humanitárias que permitam o envio de alimentos, água, assistência médica”.
Segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, pelo menos 7.326 palestinianos foram mortos em ataques israelitas desde 7 de outubro. O número inclui 3.038 crianças.
De acordo com as forças armadas de Israel, 229 israelitas foram feitos reféns pelo Hamas - um aumento de cinco pessoas face aos números anteriores. 1.400 pessoas foram mortas pelo Hamas nos ataques de 7 de outubro.
[atualizada às 16h29]