Os ministros da Defesa da NATO encontram-se, esta quinta-feira, em Bruxelas, tendo em agenda a sucessão do secretário-geral Jens Stoltenberg e o investimento militar dos aliados, questão reavivada por polémicas declarações do ex-presidente norte-americano Donald Trump.
A reunião tinha inicialmente como principal ponto de discussão o reforço do investimento na área da Defesa, para concretizar na cimeira da Aliança de julho (agendada para Washington) os objetivos traçados em 2023: o investimento por cada Estado-membro de pelo menos 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em Defesa.
Na quarta-feira, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, anunciou que para 2024 as previsões apontam que 18 dos 31 Estados-membros -- que podem ser este ano 32 com a expectável adesão da Suécia -- atingirão o objetivo delineado na cimeira de 2023 (que decorreu em Vilnius, Lituânia). O número é acima dos 11 anunciados em 2023.
Os ministros também deverão discutir na capital belga as recentes declarações de Donald Trump que, no último sábado, disse que encorajaria a Rússia a invadir qualquer país da NATO que "não pagasse as dívidas" à organização.
A sucessão de Jens Stoltenberg como secretário-geral da NATO é outro dos temas a abordar no encontro. Em funções desde outubro de 2014, o político norueguês de 64 anos já anunciou que quer sair, abrindo margem para a discussão de nomes, como o da primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, que continua a ser um dos mais falados.
Portugal está representado na reunião pela ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras.