A artista colombiana Shakira terá defraudado o Estado espanhol em 14,5 milhões de euros entre 2012 e 2014 por não pagar impostos sobre arrendamento e património, anunciou a Agência Estatal de Administração Tributária do país.
A notícia é avançada pela agência espanhola Efe, que cita fontes jurídicas e explicita que os argumentos dos funcionários da agência tributária contradizem a defesa da cantora colombiana de 44 anos.
Os advogados de Shakira sustentam que a artista, entre concertos e a agenda associada ao showbiz, apenas permaneceu 184 dias em Espanha, e, por isso, não tinha obrigação de pagar impostos neste país.
Em janeiro de 2020, dois inspetores da agência tributária espanhola declararam perante uma juíza de instrução que a artista não tinha feito o pagamento do Imposto de Renda entre 2012 e 2014, denúncia que foi reafirmada com um relatório produzido sobre o processo.
O processo foi instaurado em dezembro de 2018 contra Shakira e o assessor fiscal da artista nos Estados Unidos, acusados de seis crimes contra a Agência Estatal de Administração Tributária, na sequência de um alegado “plano” para 'fugir' ao pagamento do Imposto de Renda e do imposto sobre o património, através de sociedades radicadas em paraísos fiscais que formalmente eram os titulares dos bens detidos por Shakira.
Concretamente, o Ministério Público espanhol sustenta que a cantora “canalizou os movimentos de capital gerado com a sua atividade profissional” – os concertos, a participação no programa de entretenimento norte-americano “The Voice” e os spots publicitários sobre os perfumes com o nome da artista – através de empresas sediadas nas Ilhas Virgens britânicas, as Ilhas Caimão, Malta, Panamá e Luxemburgo.