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O horário de funcionamento dos centros de vacinação contra a Covid-19 vai ser alargado a partir de segunda-feira, anunciou esta quinta-feira a Câmara de Lisboa.
A partir da próxima segunda-feira, 21 junho, o horário será alargado por mais uma hora (de 9 para 10 horas diárias), indica a autarquia, em comunicado.
"Num segundo momento, na primeira semana de julho, para 14 horas diárias, das 8h às 22h, incluindo ao sábado e domingo. Esta medida significa um potencial de mais 15 mil doses ministradas por semana", adianta o executivo camarário liderado por Fernando Medina.
O Centro Municipal de Vacinação, instalado no Pavilhão 3 do Estádio Universitário de Lisboa, será reaberto.
“Será operado pelas Forças Armadas, com um regime de agendamento distinto, significando esta medida um potencial de cerca de mais sete mil vacinas por semana”, refere a autarquia.
Será ainda operacionalizado um processo especial de vacinação para as comunidades migrantes, anuncia a Câmara de Lisboa.
"Com mais de 12 mil migrantes a aguardar atribuição de número de utente do SNS, a CML reforçará as equipas do SNS para atender a esta necessidade e, por esta via, concretizar a elegibilidade desta população para o processo de vacinação", explica o município.
Nos centros de vacinação de Lisboa já foram administradas mais de 320 mil doses, não só aos lisboetas, mas também a todos aqueles que, por via do auto-agendamento, escolheram Lisboa como o local mais conveniente para a sua vacinação.
A medida acontece numa altura em que a região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) é o epicentro da pandemia de Covid-19 em Portugal. Na quarta-feira, foram registados mais de 900 casos do novo coronavírus em LVT.
O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Noite, Daniel Ferro, alerta que o ritmo de crescimento do contágio na região de Lisboa e Vale do Tejo pode implicar voltar a limitar serviço não-Covid.
Em entrevista à Renascença e ao Público, Daniel Ferro diz que a maior parte dos doentes que estão em cuidados intensivos tem idade inferior a 65 anos. “Estou a falar de pessoas com 30 anos, 35, 40, 45 anos”, afirma o administrador do centro hospitalar que inclui os hospitais de Santa Maria e Pulido Valente.
O descontrolo da pandemia de Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo “pode ser uma ameaça para o país” e o recuo no desconfinamento é inevitável, disse à Renascença Bernardo Gomes, médico de saúde pública, que também é membro do chamado Grupo das linhas vermelhas Covid.
O Governo volta, esta quinta-feira, a analisar a evolução da pandemia concelho a concelho, com Lisboa a viver uma espiral diária de novas infeções.