A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualiza nesta terça-feira as informações sobre a vacinação dos jovens entre os 12 e os 15 anos.
De acordo com a nota enviada à Renascença, a comunicação ao país está prevista para as 12h00 e será feita pela diretora-geral, Graça Freitas, ao lado da qual estará o Professor Luís Graça, membro da Comissão Técnica de Vacinação Covid-19.
Até agora, a vacinação da faixa etária entre os 12 e os 15 anos tem estado limitada a jovens com comorbilidades associadas – nomeadamente, cancro ativo, diabetes, obesidade, insuficiência renal crónica, imunossupressão, necessidade de transplantação e ainda doenças neurológicas (como paralisia cerebral e distrofias musculares), perturbações do desenvolvimento (Trissomia 21 e perturbações do desenvolvimento intelectual grave e profundo).
A doença pulmonar crónica, doença respiratória crónica, como asma grave, e fibrose quística também estão entre as prioritárias.
Apesar da indicação da DGS do passado dia 1 de agosto, o arquipélago da Madeira começou a vacinar os jovens com 12 ou mais anos. À Renascença, o presidente do Governo Regional considerou “bizantina” a polémica criada no continente e a postura assumida pelo Governo central, considerando “penoso que os decisores políticos não tomem decisões e fiquem à espera de ouvir toda a gente, que é uma forma cómoda de não assumir responsabilidades”.
Na mesma direção foi o diretor regional de Saúde da Madeira, Herberto Jesus, que à Renascença afirmou que “os vírus adoram países com muitos peritos, porque demoram muito tempo a decidir”.
A favor da vacinação dos jovens a partir dos 12 anos tem-se manifestado também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que no domingo aludiu a uma razão de “natureza educativa” para ter estes jovens vacinados: “evitar que o próximo ano letivo seja parecido com o que foi o anterior, em que um aluno contagiado significou a turma toda para casa”.
Também defensor da vacinação desta faixa etária, o coordenador da “task force” desejou, na Renascença, que as autoridades de saúde tomassem uma decisão “rapidamente”.
Segundo Gouveia e Melo, 85% é a percentagem-chave de população vacinada para o país atingir a imunidade de grupo.