O presidente da Confederação das Instituições Particulares de Solidariedade Social (CNIS) considera “perigoso” o Estado vir a comparticipar os lares privados.
A ideia foi avançada esta quinta-feira pela ministra do Trabalho e da Segurança Social.
Na resposta a essa possibilidade, o padre Lino Maia pede ao Governo uma inversão de prioridades. Em vez de comparticipar lares privados, há que cumprir o acordo para o financiamento do setor social solidário.
Nestas declarações à Renascença, o presidente da Cnis lembra que “há uma indicação consagrada no Pacto de Cooperação para a Solidariedade em que o Estado se compromete financiar em 50% dos custos da frequência regular”, assinalando que “neste momento está com 38%”.
“Era importante chegar aos 50%, para, de facto, o setor social solidário ficar mais consolidado e, portanto, responder às necessidades dos mais carenciados”, defende.
Na visão do presidente da Cnis, a hipótese levantada pela ministra do Trabalho e da Segurança Social pode pôr em causa essa meta, na medida em que desvia as atenções.
“Penso que é perigoso”, remata.