Mais de 300 operacionais combatem incêndio em Monchique e Portimão. Trinta pessoas foram retiradas
17-07-2021 - 16:16
 • Renascença, com Lusa

Algumas casas no concelho de Portimão estão ameaçadas pelas chamas. Um lar de idosos com 12 utentes teve de ser evacuado preventivamente.

Cerca de 347 bombeiros combatem um incêndio em Monchique e Portimão de "dimensão significativa". O primeiro alerta foi dado 13h30 numa zona de mato no lugar de Tojeiro, freguesia de Marmelete, informou a proteção civil.

No final da tarde, em conferência de imprensa no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, o comandante operacional distrital de Faro da Proteção Civil, Richard Marques, disse que o incêndio se estende em duas frentes, uma a norte, no concelho de Monchique, menos preocupante porque não tem habitações em risco, e outra a sul, esta mais preocupante por haver vários aglomerados populacionais.

Segundo o comandante, foram deslocadas 30 pessoas para Portimão, por medida de precaução, 12 delas de um lar não-licenciado na localidade de Pereira, Mexilhoeira Grande, e as restantes de "duas a três habitações".

As chamas ameaçam agora as localidades Vidigal Velho e Alcalar.

Quando foi dado o alerta, não havia casas em perigo. No entanto, a Renascença confirmou que as chamas avançaram muito rapidamente e colocaram algumas habitações em perigo. Um lar de idosos, em Pereira, já no concelho de Portimão, com 12 utentes, foi evacuado por precaução.

O Centro de Comando de Operações de Socorro (CDOS) de Faro também adiantou que duas casas foram evacuadas preventivamente. Um total de 30 pessoas foram evacuadas.

Tanto o CDOS de Faro como a a presidente da Câmara Municipal de Portimão, Isilda Gomes, do PS, confirmaram à Renascença a meio da tarde que o fogo se tinha alastrado ao concelho de Portimão, a sul de Monchique, em poucas horas.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Monchique, Rui André, referiu que a situação no seu concelho é neste momento “mais tranquila”, estando os meios concentrados no município vizinho de Portimão, onde as chamas "consomem um armazém de resíduos e estão próximas de habitações".

“O fogo continua a lavrar numa área muito grande, evoluiu muito. Foi necessário afetar meios junto das populações e neste momento a maior preocupação é em Portimão, junto ao autódromo”, referiu.

No que diz respeito ao concelho de Monchique, o autarca referiu que não existem habitações em risco, tendo o fogo consumido apenas “pequenas estruturas de apoio agrícola”.

Para já, apenas uma estrada foi cortada, a estrada de acesso entre a A22 e o Autódromo Internacional do Algarve.

A frente de fogo apresenta já “uma área significativa” e o vento “inconstante e forte” somado ao “combustível seco” no terreno está a trabalho dos operacionais obrigando a “um reforço de meios” e à instalação do posto de comando no local.

Às 21h00 estavam no terreno 347 operacionais apoiados por 111 veículos e um meio aéreo, de acordo com a página da internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

[Notícia atualizada às 21h28]