Como fazemos os Rankings das Escolas?
16-06-2023 - 00:00
 • Diogo Camilo , Salomé Esteves

Para as contas da Renascença entraram 647 escolas que realizaram exames do ensino secundário e mais de mil escolas com provas realizadas nos exames do ensino básico. Saiba como são medidos os indicadores e é feita a tabela

Mais um ano, mais uns Rankings das Escolas. Mas o que é medido para definir a ordem das instituições? E quem entra para estas contas?

A Renascença analisou os resultados de todos os alunos, de todas as escolas, sejam elas públicas ou privadas, a todas as disciplinas do ensino secundário e às duas do ensino básico, além de dados de contexto associados a cada uma destas instituições.

Como é construída a tabela da Renascença?

Para o ranking do ensino secundário, foram consideradas apenas as instituições de ensino onde foram realizados 100 ou mais exames no conjunto dos oito exames mais concorridos. São elas: Matemática, Português, Biologia e Geologia, Física e Química, Filosofia, Geografia, Inglês e Economia A.

De fora, em comparação com a tabela do ano passado, ficou o exame de História, para o qual foram realizados menos exames que a Inglês.

Este ano fica de fora na tabela a posição de cada escola no “ranking geral”, isto é, no total de escolas independentemente do número de provas. Os concelhos que não apresentam escolas no ranking “tradicional”, devido ao número mínimo de exames, não surgem na opção de pesquisa por município.

E o ranking do ensino básico?

Este é mais simples. Havendo apenas duas disciplinas, Português e Matemática, estão incluídas apenas as instituições com mais de 100 provas realizadas no conjunto de ambas as provas.

Esta tabela está de regresso aos Rankings das Escolas da Renascença, depois de dois anos de ausência devido à pandemia.

Como é feito o Ranking de Sucesso?

Para este, uma maneira de organizar as escolas de maneira a encontrar quem se superou em relação a outras instituições na mesma situação, foram consideradas todas as escolas para as quais é possível calcular o “percurso de sucesso”, públicas ou privadas.

Este é definido pelo Ministério da Educação como a percentagem de alunos da escola com percurso sem retenções ao longo de todo o ciclo de estudos em análise, em comparação com escolas no mesmo contexto socioeconómico. O cálculo tem em consideração os resultados dos alunos em três anos letivos consecutivos.

E como são encontradas as melhores escolas a cada exame?

Para cada disciplina foi realizada uma proporção para definir o mínimo de provas realizadas a partir do qual uma escola partiria a contar para o ranking a cada disciplina.

Assim, ficaram excluídas todas as escolas com menos de 20 provas a Matemática, Português, Biologia e Geologia e Física e Química.

Para a disciplina de Economia A, o limite de exames realizados foi de 10 provas, enquanto a Renascença definiu como limiar para Geografia e Filosofia 8 provas e para a História A um limite de sete exames.

Que novidades podemos esperar desta edição do Ranking das Escolas?

Pela primeira vez, a Renascença publica um ranking para as Artes Visuais. Este tem por base as três provas principais dos cursos de expressão artística: Geometria Descritiva A, Desenho A e História da Cultura e das Artes.

Foram selecionadas as escolas que realizaram um mínimo de 50 provas no conjunto dos três exames e em que os três exames tenham decorrido, ainda que com um número reduzido de alunos.

Esta metodologia deu origem a um ranking de 75 escolas, encabeçado pela Escola Secundária Alves Martins, em Viseu. Seguem-se a Escola Secundária Francisco Franco, na Madeira, e a Escola Secundária do Restelo, em Lisboa. Do total das escolas, 72 são públicas e apenas três são privadas.