​Doentes de psiquiatria no Hospital de Braga vão ser transferidos após incêndio
25-03-2020 - 18:45
 • Lusa

Dois doentes ficaram feridos, um dos quais, que estava internado no quarto em que deflagrou o incêndio, sofreu "queimaduras graves".

Os 20 doentes internados em psiquiatria no Hospital de Braga vão ser transferidos para outras unidades públicas e privadas, na sequência do incêndio que hoje ali se registou, disse o presidente do conselho de administração.

Segundo João Porfírio Oliveira, o Hospital de Braga "tem capacidade" para ficar com aqueles doentes, mas vai proceder à sua transferência tendo em conta a "especificidade" da doença em causa.

A transferência, explicou o responsável, vai ocorrer "por questões de segurança e de desenfumagem [do espaço]", de forma a garantir que "tudo está bem".

Um incêndio deflagrou na manhã desta quarta-feira na ala masculina de psiquiatria do Hospital de Braga, estando as causas da ocorrência ainda a ser investigadas.

Segundo Jorge Marques, diretor clínico do Hospital de Braga, dois doentes ficaram feridos, um dos quais, que estava internado no quarto em que deflagrou o incêndio, sofreu "queimaduras graves".

Esse doente vai ser transferido para uma unidade de queimados, no Porto.

O outro doente teve problemas com a inalação de fumo, mas a sua situação "já está resolvida".

Em relação à origem do incêndio, Jorge Marques disse que ainda não é conhecida a "causa direta" do mesmo.

"Sabemos que teve origem num dos quartos, mas não sabemos a causa direta", referiu.

Admitiu, no entanto, que o fogo pode ter sido provocado por um doente internado.

"Essa é sempre uma das hipóteses. O hospital tem procedimentos e normas de segurança muito específicos, mas também sabemos que às vezes acontecem percalços desta natureza. Temos de pedir um inquérito", acrescentou.

O alerta para o incêndio foi dado pelas 10h12, tendo sido mobilizados para o local 33 operacionais, apoiados por 11 viaturas.

O comandante dos Bombeiros Sapadores de Braga, João Felgueiras, disse que, neste momento, apenas se sabe onde começou o incêndio.

Quanto às circunstâncias, referiu que essa é uma questão que "está entregue à investigação".