O Papa Francisco lembrou, esta quarta-feira, no Vaticano, o primeiro aniversário da “terrível explosão” no porto de Beirute, que provocou a morte a mais de duas centenas de pessoas e grandes prejuízos materiais, apelando à ajuda da comunidade internacional.
“Apelo hoje à comunidade internacional, pedindo que ajude o Líbano a cumprir um caminho de ressurreição, com gestos concretos e não apenas com palavras.”
Disse que os seus pensamentos estão voltados para aquele país, “especialmente para as vítimas, para as suas famílias, para os muitos feridos e para aqueles que perderam as suas casas e empregos e tantos que perderam a sua vontade de viver”.
“No Dia de Oração e Reflexão para o Líbano, no último 1 de julho, juntamente com os líderes religiosos cristãos, nós acolhemos as aspirações e expectativas do povo libanês, cansado e dececionado, e invocando de Deus a luz e a esperança para superar esta dura crise”, lembrou.
Depois, Francisco fez votos para que a conferência internacional de doadores do Líbano, que decorre esta quarta-feira, promovida pela França e pelas Nações Unidas, seja “frutífera”. A iniciativa visa recolher 295 milhões de euros em ajuda de emergência.
Por fim, o Papa confirmou a sua intenção de visitar o Líbano, quando as condições o permitirem.
“Queridos libaneses, é grande o meu desejo de vos visitar e não me canso de rezar por vós, para que o Líbano volte a ser uma mensagem de fraternidade, uma mensagem de paz para todo o Médio Oriente.”
Esta quarta-feira, por iniciativa do Conselho de Ministros do Líbano, cumpre-se um dia de luto nacional no país, estando suspensos os trabalhos nas administrações e instituições públicas.
Cerca de 9.700 edifícios foram danificados ou destruídos, de acordo com estimativas da ONU.
Um ano depois, o Líbano está mergulhado numa crise socioeconómica, considerada a pior da sua história.