O primeiro-ministro vai responder às 12 perguntas do PSD sobre o Banif e a alegada interferência na banca para proteger a empresária angolana, Isabel dos Santos.
A informação foi apurada pela Renascença, depois de, por várias vezes, António Costa ter insistido que são falsas as alegações do ex-governador do Banco de Portugal.
No livro ‘O Governador’, recentemente publicado, Carlos Costa acusa o chefe do Governo de ter enviado uma carta a Bruxelas durante o processo de venda do Banif e o então ministro Mário Centeno de ter negociado com o Santander, em ambos os casos sem o seu conhecimento.
Já no caso de Isabel dos Santos, o ex-governador fala de pressão por parte do primeiro-ministro para que a empresária angolana não fosse afastada da administração do BIC.
Segundo Carlos Costa, o primeiro-ministro ter-lhe-á dito que "não se podia tratar mal a filha do presidente de um país amigo", afirmação que António Costa nega ter produzido.
O primeiro-ministro mostra-se, assim, disponível para responder às questões que ambas as polémicas suscitaram no PSD.
Na bancada parlamentar socialista, Eurico Brilhante Dias acusa os sociais-democratas de “uma nova frente de combate” contra os socialistas, acrescentando que o maior partido da oposição pretende “reescrever a história”, precisamente numa altura em que decorre o debate do Orçamento do Estado na especialidade.